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Com inflação em alta, Banco Central deve elevar a taxa básica de juros

Reunião desta quarta-feira (27) define a nova alíquota da Selic; aumento na taxa básica de juros busca conter escalada dos preços

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Mercado financeiro espera alta na Selic para conter a inflação.
Mercado financeiro espera alta na Selic para conter a inflação.
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Sem trégua da inflação, o Comitê de Política Monetária do Banco Central deve acelerar o ritmo de elevação da taxa básica de juros. A expectativa é de que o Copom promova nesta quarta-feira (27) um aumento de 1,25 ponto porcentual na Selic.

Com isso, a taxa básica de juros passaria de 6,25% para 7,5% ao ano – o maior nível desde outubro de 2017.

O novo índice deve ser divulgado no início da noite desta quarta.

Alguns analistas já cogitam um aumento ainda maior, de até 3% na taxa básica de juros.

O reajuste na Selic busca controlar a inflação, que está em alta. Influenciado por grupos como transportes e alimentação, o IPCA-15 – prévia da inflação oficial - acumula uma alta de 10,34% em 12 meses.

Em outubro, o avanço foi de 1,2% - o maior índice para outubro desde 1995.

Ao aumentar a Selic, o crédito também fica mais caro. Na segunda-feira (25), o Banco Central divulgou que os brasileiros já estão pagando mais caro para tomar crédito.

O levantamento aponta que a taxa média de juros para pessoas físicas chegou a 41,3% ao ano, aumento de 0,5 ponto percentual em setembro, na comparação com agosto.  

O destaque da pesquisa é o rotativo do cartão de crédito, que teve alta de 3,7 pontos percentuais no mês, alcançando 339,5% ao ano.

O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias.

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