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CPI vai ouvir empresário acusado de financiar notícias falsas

Otávio Fakhoury conseguiu no Supremo Tribunal Federal o direito de ficar em silêncio para não se incriminar; empresário aguardado na CPI nesta quinta (30) já é alvo de inquérito no STF

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Otávio Fakhoury é apontado como financiador de redes sociais
Otávio Fakhoury é apontado como financiador de redes sociais
Foto: reprodução/rede social

A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga omissões do governo no combate à pandemia ouve, nesta quinta-feira (30), o empresário Otávio Oscar Fakhoury, que é acusado de financiar a disseminação de notícias falsas. Fakhoury entrou na mira da CPI no mês de agosto, quando foi aprovada a quebra dos sigilos bancário, telefônico, telemático, além do sigilo fiscal do empresário.

O empresário é um defensor ferrenho no presidente Jair Bolsonaro e conseguiu no Supremo Tribunal Federal o direito de permanecer em silêncio para não se incriminar. A liminar foi concedida na noite desta quarta-feira (29) pelo ministro Dias Toffoli.

Fakhoury já é investigado no inquérito das Fake News, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, e no ano passado, ele entrou com um pedido de habeas corpus para tentar impedir busca e apreensão no âmbito desta investigação.

Os senadores convocaram o empresário do ramo imobiliário por conta das suspeitas de que Fakhoury financia sites que propagam notícias falsas sobre tratamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19.

A defesa do empresário disse em nota que o cliente recebeu “com naturalidade e tranquilidade a convocação para depor na CPI” e concluiu afirmando que Fakhoury sempre teve e continuará tendo uma conduta “pautada pela transparência, legalidade e moralidade”.

LUCIANO HANG

Nesta quarta-feira (29), a CPI da Pandemia ouvir o empresário bolsonarista Luciano Hang. A sessão foi tumultuada e teve vários momentos de tensão entre os senadores e o depoente.

O dono da loja de departamentos Havan negou o financiamento de atos antidemocráticos de 7 de Setembro e/ou a propagação de fake news sobre ineficazes tratamentos precoces.

Hang reconheceu, no entanto, a omissão no atestado de óbito da mãe, que morreu em decorrência da Covid-19. A idosa foi internada em um hospital da Prevent Sênior e utilizou medicamentos ineficazes no tratamento da doença.

O empresário reclamou que estava sendo impedido de falar e levantou placas defendendo a liberdade de expressão. Enquanto isso, o relator da CPI, senador Renan Calheiros, afirmou que Hang se prestava ao papel de bobo da Corte para criar cortinas de fumaça.

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