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Eduardo Oinegue: A fantasia de que é possível baixar o ganho da Petrobras

Jornalista avalia tipos de gestão do lucro da maior empresa do país

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Estado é o maior acionista da Petrobras
Estado é o maior acionista da Petrobras
Foto: Agência Brasil

O âncora do BandNews No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, avalia que o Estado brasileiro, maior acionista da Petrobras, ainda age de forma imatura e pouco técnica na gestão dos lucros da estatal.

Para o jornalista, uma eventual intervenção nos preços dos combustíveis não impactaria itens fundamentais da cadeia produtiva: “Os custos fixos da estatal não se guiam pelo preço final, logo, não vai mudar. Assim como o preço internacional do petróleo; não importa a quanto seja vendida a gasolina ou diesel aqui dentro, esse valor não muda".

Na opinião de Eduardo Oinegue, o sistema atual poderia favorecer a população como um todo. “Se o estado segurar o preço, você favorece os consumidores de combustíveis, o caminhoneiro, o taxista, mas também o dono de helicóptero, de jatinho. Com o sistema atual, o dinheiro vai para os acionistas, principalmente o Estado, e o destino é para pagar gastos com educação e saúde, por exemplo”.

O âncora questiona qual seria a melhor alternativa para gerir os lucros, partindo de uma visão técnica e madura: “Há dois caminhos: controlar o preço dos combustíveis, favorecendo todos que consomem essa commodity, incluindo pobres e ricos; ou, pegar o lucro total e usar para ajudar somente a parcela da população que realmente necessita de um apoio maior, protegendo assim os mais vulneráveis”.

O jornalista conclui afirmando que a discussão é pertinente, principalmente do ponto de vista social: “O que é mais justo: segurar o lucro da Petrobras e favorecer todos de maneira geral, sem olhar a renda das pessoas, ou que o Estado pegue a sua parte e destine para quem mais precisa?".

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