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EUA, França, Alemanha e Reino Unido pedem missão internacional em usina nuclear

Zaporizhzhia é a maior usina atômica da Europa e tem sido alvo de ataques; guerra entre Rússia e Ucrânia completa seis meses

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EUA, França, Alemanha e Reino Unido pedem missão internacional em usina nuclear
EUA, França, Alemanha e Reino Unido pedem missão internacional em usina nuclear
Foto: Reuters

Líderes de potências ocidentais participaram neste domingo (21) de uma reunião telefônica para discutir a situação da guerra entre Rússia e Ucrânia e os perigos ao redor da Usina Nuclear de Zaporizhzhia. Um comunicado divulgado pela Casa Branca aponta que os chefes de governo dos Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido pediram uma inspeção internacional no local.

A missão na maior planta atômica da Europa ficaria a cargo da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Os técnicos seriam responsáveis por aumentar a segurança no local, que tem sido alvo de bombardeios nas últimas semanas.

O mundo se preocupa com Zaporizhzhia por conta da sombra de Chernobyl, quando a explosão de um reator nuclear em abril de 1986 espalhou material radioativo pela região e matou milhares de pessoas. Os efeitos são sentidos até hoje.

Um acidente nuclear na planta ucraniana tem potencial de destruição até 10 vezes maior, segundo especialistas. A usina está sob controle militar russo, mas é operada por funcionários ucranianos.

Os técnicos da AIEA veriam in loco a situação da construção e os mecanismos de segurança para evitar acidentes.

Na sexta-feira (19), após conversa telefônica com Vladimir Putin, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que a Rússia concordava a visita dos técnicos, mas ainda não foram anunciadas datas ou planos concretos para a missão internacional.

Rússia e Ucrânia trocam acusações sobre os ataques próximos à usina. Especialistas dizem que o risco maior é que as explosões danifiquem o sistema de refrigeração da área. Por gerar muito calor, a usina se tornaria uma bomba relógio sem o sistema, algo parecido com o que aconteceu em Fukushima, em 2011.

A planta de Zaporizhzhia tem uma técnica de construção mais moderna que Chernobyl, foi construída para suportar a queda de um avião, e é responsável por cerca de 40% da energia elétrica consumida na Ucrânia.

Na quarta-feira (24), o conflito entre Rússia e Ucrânia completa seis meses e sem uma solução à vista.

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