Falta de profissionais e de equipamento atrasa solução de crimes no Rio

Reportagem da BandNews FM identificou que carências na Polícia Científica fazem com que cariocas aguardem há nove meses por investigação

Rádio BandNews FM

Reportagem questionou sobre a quantidade total de exames que ainda precisam ser analisados Foto: Agência Brasil
Reportagem questionou sobre a quantidade total de exames que ainda precisam ser analisados
Foto: Agência Brasil

Uma mulher aguarda há nove meses a identificação do corpo do marido e não consegue uma solução por falta de estrutura da Polícia Civil no trabalho de investigação. O baixo número de peritos e problemas com insumos e equipamentos atrasam o processo de identificação genético.

Segundo fontes da BandNews FM, um aparelho específico do IML tem capacidade de realizar, em média, 60 exames por mês. Mas, atualmente, opera com capacidade reduzida e apenas 20 testes são feitos aproximadamente.

A morte de Tony Almeida de Menezes completou nove meses na segunda-feira (13). Ele desapareceu em setembro do ano passado. O carro dele foi encontrado queimado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde a polícia também encontrou um corpo carbonizado. A vítima foi enterrada uma semana depois, como indigente, já que não foi identificada pela Polícia.

Na luta pela certeza da identificação do marido, Stella Santos procurou o Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense, acompanhada do filho, para a coleta de sangue para um exame de confronto de DNA com os restos mortais. Mas, nove meses depois, ainda não recebeu o resultado pois a máquina de identificação estava quebrada.

A Assessoria Especial da Polícia Civil para Assuntos de Perícia informou que as atividades no aparelho foram encerradas em março deste ano para atualização do equipamento, já que o funcionamento apresentava erros, o que poderia causar perda das amostras.

Ainda de acordo com a nota, os exames foram retomados na segunda semana de maio, mas devido a quantidade de material represado e o pequeno número de peritos alocados para esse exame, há um atraso na entrega dos resultados.

A reportagem também questionou sobre a quantidade total de exames que ainda precisam ser analisados. A Polícia Civil disse que vai apurar a informação.