SP: Flanelinhas coagem motoristas que pagam pela Zona Azul

Ouvintes relatam cobrança de valores altos e falta de fiscalização

BandNews FM

SP: Flanelinhas coagem motoristas que pagam pela Zona Azul
Ouvintes relatam cobrança de valores altos e falta de fiscalização
Foto: Agência Brasil

Motoristas denunciam ameaças de guardadores de carro - conhecidos como “flanelinhas” - mesmo em áreas de Zona Azul em diferentes regiões da capital paulista.

A região da 25 de Março, polo comercial no Centro da capital, foi o epicentro das reclamações de ouvintes sobre as ações de coação realizadas por flanelinhas. 

O ouvinte Júlio Svaldi contou à BandNews FM,  que chegou a ser ameaçado por um dos flanelinhas, enquanto estava saindo do carro com sua filha na região da 25 de Março.

Júlio estava utilizando a vaga da Zona Azul e também teve que realizar o pagamento da taxa do guardador de veículo. 

A Prefeitura de São Paulo anunciou a implementação da Zona Azul no entorno do Theatro Municipal e os motoristas temem que a situação com os flanelinhas possa se repetir na região. 

O objetivo da distribuição de vagas é facilitar o acesso ao público em dias de espetáculo, entre seis da tarde e duas da manhã. A medida ficará em período de teste por 60 dias a partir de primeiro de fevereiro.

A Polícia Militar informou que pode "interferir no trabalho" dos flanelinhas em casos de delitos, como extorsão, roubo, coação e ameaças.

A corporação disse, ainda, que eventuais prisões ocorrem apenas em situação de flagrante, e que não pode conduzir o flanelinha à delegacia "pelo simples fato dele estar em via pública".

A operação do serviço é gerenciada pela Estapar, empresa de estacionamentos desde novembro de 2020. O serviço teve seu valor alterado de R$ 5,75 para R$ 6,08 no dia 20 de janeiro. 

A Zona Azul oferece mais de 54 mil vagas rotativas espalhadas pela capital paulista e foi concebida para democratizar o acesso a vagas de estacionamento em locais públicos. 

Uma lei municipal de 2018 estabelece que "guardadores de carros" - como são chamados - não podem cobrar preço tabelado e o que valor deve ser sugerido pelos motoristas.

Em caso de descumprimento, a multa pode chegar a mil e quinhentos reais.