Uma força-tarefa instaurada pelo Governo Federal ainda tenta conter os dois focos de incêndio que estão ativos no Parque Nacional de Brasília. O fogo já destruiu mais de dois mil hectares, o equivalente a 2800 campos de futebol.
Ao todo, 493 combatentes atuam em frentes de combate, todas concentradas na região leste do Parque Nacional de Brasília. Até o momento, não há registro de animais afetados pelo incêndio ou de animais resgatados.
As chamas começaram no domingo de manhã, na região da Granja do Torto, e teriam se espalhado rapidamente para dentro da unidade de conservação. Atualmente, acredita-se que tenha sido causado por ações humanas, com indícios de ser criminoso.
O combate ao fogo tem sido mais difícil, já que as chamas alcançaram matas de galeria, com florestas bem mais densas e que, na época da seca, são de fácil combustão.
Esse é o segundo incêndio florestal de grandes proporções que atinge a capital do país no mês de setembro. Entre os dias 3 e 5, a Floresta Nacional de Brasília sofreu com as chamas, e quase metade da unidade de conservação foi consumida pelo fogo, sendo esse o pior incêndio no local dos últimos 10 anos.
Somente no sábado, 50 focos de incêndio florestal foram registrados pela Corporação em todo o Distrito Federal, enquanto nessa segunda-feira, foram 15.
Nesta terça-feira (17), a cidade amanheceu mais uma vez sob fumaça, com isso, a Secretaria de Educação já emitiu uma autorização para escolas localizadas próximas a focos de incêndio suspenderem as aulas, e 25 escolas já fizeram exatamente isso. A Universidade de Brasília também teve todas as atividades presenciais canceladas.
Hoje, a capital do país completa 147 dias sem chuva, e a seca deve permanecer ao longo da semana e também nos próximos dias, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia.