A BandNews FM comemorou pelo segundo dia seguido o aniversário de 16 anos da rádio com uma programação especial. Um fórum de economia voltado a discutir o futuro do Brasil em meio à pandemia foi conduzido pelo âncora Eduardo Oinegue e pela apresentadora Débora Alfano.
Foram duas mesas, com duração de uma hora cada uma, que contaram com convidados especiais que discutiram sobre o mercado de trabalho e financeiro.
Empresários brasileiros ouvidos no "Fórum BandNews FM: Economia, os desafios impostos pela pandemia" estão confiantes na recuperação econômica do Brasil no segundo semestre, com o avanço da vacinação contra a Covid-19.
Eduardo Oinegue e Débora Alfano recebem o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, o CEO da SalesForce, Fábio Costa, o fundador da OdontoCompany, Paulo Zahr, e o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Químicas, Ciro Marino.
Finkelszstain destacou o número recorde de investidores na Bolsa de Valores de São Paulo e a perspectiva positiva para o futuro.
O CEO da B3 analisou que, com o avanço da imunização e da atividade econômica, o mercado de capitais deverá ficar bastante aquecido na segunda metade de 2021.
Ele lembrou que o Brasil é uma referência na agricultura, na mineração e na celulose e que o País consegue se desenvolver em indústrias, serviços e comércio sem deixar de lado os setores em que tem tradição.
O CEO da SalesForce projetou um crescimento de pelo menos 10% no segmento de tecnologia neste ano, apesar da pandemia.
Fábio Costa apontou que as empresas, para enfrentar essa nova forma de atuar, contam agora com novos recursos digitais.
Na avaliação dele, nessa recuperação do Brasil, é importante que a tecnologia não seja uma barreira, mas uma alavanca do desenvolvimento econômico para a reabsorção das pessoas que hoje estão fora do mercado de trabalho.
Já o fundador da OdontoCompany, espera que o mercado crie mais confiança para todos os investidores.
Para Paulo Zahr, o brasileiro vem cada vez mais buscando acesso à saúde e priorizando esse atendimento.
Ele cobrou uma atuação efetiva do Estado para estimular principalmente a infraestrutura, mas também os outros setores da economia.
O presidente-executivo da Associação Brasileira de Indústrias Químicas ressaltou que, apesar dos resultados positivos neste ano e em 2020, por falta de competitividade, o setor químico contrata menos do que poderia, exportando empregos.
Ciro Marino afirmou que a grande preocupação do segmento é justamente com como fazer com que o produto brasileiro seja atrativo no mercado internacional.
No que diz respeito à atuação do governo, ele enxerga que o Estado brasileiro é muito pesado e é fundamental em três áreas de atuação: na segurança, na saúde e na educação e, na economia, deve ser apenas disciplinadora do mercado.
Pandemia, mercado de trabalho e a previsão do pós-pandemia
Vacinação da população contra o coronavírus, reforço das medidas de distanciamento social, reabertura segura das atividades econômicas, investimento em educação, geração de emprego, redução da desigualdade e inovação tecnológica.
Esses são os pilares que devem basear as ações do Estado e da iniciativa privada para a retomada do crescimento econômico, segundo avaliação dos líderes empresariais que participaram da segunda mesa do "Fórum BandNews FM: Economia, os desafios impostos pela pandemia".
A presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza afirmou que a única estratégia para sair do quadro atual passa pela união nacional, pelas vacinas e ação efetivas.
"(É preciso) sair das opiniões e diagnósticos. Fazer acontecer! Temos um inimigo em comum que é o vírus [...] A crise não é só do Brasil, mas o Brasil tem uma coisa muito diferente que é a desigualdade e a falta de capital", resumiu Luiza Trajano.
A empresária também destacou a importância de criar empregos, acrescentando que a Magazine Luiza aderiu ao programa 'Não Demita' e fechou 2020 com a contratação de 4,5 mil pessoas: "Desemprego é um tiro pé. Um país em desenvolvimento vive da renda e do crédito. No Brasil, a renda vem do emprego, não tem outra alternativa", explicou.
A presidente da Microsoft Brasil, Tânia Cosentino, destacou que a retomada do crescimento econômico depende também da inovação tecnológica e da capacitação profissional.
Segundo ela, o Brasil tem cerca de 100 mil vagas em aberto por falta de trabalhadores preparados para um mundo mais tecnológico; e a previsão é de chegar a 500 mil vagas não preenchidas em três anos.
"Precisamos, de forma massiva e a Microsoft vem fazendo isso, qualificar os profissionais. Capacitar os que estão sem emprego para fazer essa transição para o digital. Esse mundo digital só vai aumentar a geração de emprego", pontuou Tânia Cosentino.
O ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e colunista da BandNews FM José Roberto Mendonça de Barros complementou afirmando que é vital investir na formação inicial dos estudantes e na digitalização das escolas.
"Nada mais, assim como o trabalho nos escritórios, vai voltar a ser como antes. E isso inclui a educação que, de algum jeito, será a combinação do presencial com o ensino à distância", ressaltou.
O presidente da Associação Brasileira de Shoppings Centers falou também sobre o curto prazo, destacando que o cenário ainda é incerto até o começo de 2022.
Segundo Glauco Humai, o papel do Estado é fundamental na defesa das medidas sanitárias, como o uso de máscaras e do álcool em gel.
Para ele, é insustentável continuar com o "abre e fecha" das atividades comerciais e o Estado precisa agir com "medidas concretas" para beneficiar os cidadãos e as empresas.
O "Fórum BandNews FM: Economia, os desafios impostos pela pandemia", apresentado por Eduardo Oinegue, Débora Alfano e Gabriela Mayer, é parte das comemorações dos 16 anos da BandNews FM.
Assista ao fórum completo:
