O governo de São Paulo rescindiu o contrato com o consórcio responsável pela construção da Linha 17-Ouro do Monotrilho. O trecho que pretende ligar o Aeroporto de Congonhas ao Morumbi, na zona sul da capital paulista, foi prometido para a Copa do Mundo de 2014 e já passou por cinco governadores sem ser concluído.
O fim do contrato com o Consórcio Monotrilho Ouro, formado pelas empresas KPE Engenharia e Coesa Engenharia, foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (23). Segundo o governo, as constantes paralisações na obra e a falta de oxigênio financeiro das empresas impedem a continuação do contrato. O movimento de trabalhadores nos canteiros da obra ao longo da Avenida Roberto Marinho era quase inexistente nos últimos dias.
O Metrô, responsável pela fiscalização do contrato, disse ter aplicado multa de R$ 118 milhões por conta da rescisão unilateral do acordo e proibiu o consórcio de contratar com a estatal pelos próximos dois anos.
Agora, o Palácio dos Bandeirantes estuda uma forma de concluir a obra. O governador Tarcísio de Freitas afirmou que a ViaMobilidade, atual concessionária das linhas 8 e 9 dos trens e 5 do metrô, pode assumir o compromisso. A empresa já ganhou a licitação para operação do serviço. Atualmente, 80% da obra está concluída.
Caso a concessionária não possa assumir o restante da construção, o terceiro colocado na licitação original pode ser convocado, ou uma nova deve ser aberta.
A linha 17-Ouro vai contar com 8 estações e terá conexões com as linhas 5-Lilás e 9-Esmeralda, quando concluída.