O Tribunal de Justiça de Santa Catarina manteve a decisão de absolver o empresário André Aranha da acusação de estupro à modelo Mariana Ferrer.
Ele foi acusado de dopar e abusar sexualmente da modelo, em 2018, em uma festa no Café de La Musique de Florianópolis, em Santa Catarina.
No primeiro julgamento, o advogado da defesa, Claudio Gastao Rosa Filho, usou termos machistas e debochou da vítima. Disse que “jamais teria uma filha do nível dela [Mariana Ferrer]” e que não adiantava “vir com esse teu choro dissimulado, falso e essas lágrimas de crocodilo”, entre outras ofensas.
Os três desembargadores - Ana Lia Carneiro, Ariovaldo da Silva e Paulo Sartorato - analisaram o caso e votaram por unanimidade para que Aranha não respondesse pelo crime, alegando falta de provas.
Em 2020, o empresário André Aranha foi absolvido, mesmo com testemunhas e provas da perícia, como, por exemplo, sêmen. Ele foi acusado apenas por “estupro culposo”, sentença inédita que aponta que o indiciado não teve a intenção de estuprar.
A advogada de Mariana Ferrer disse que vai recorrer a cortes superiores.