Lira afirma que PEC de Imunidade não é “blindagem” aos parlamentares

Da Redação

Lira afirma que PEC de Imunidade não é “blindagem” aos parlamentares Reprodução TV
Lira afirma que PEC de Imunidade não é “blindagem” aos parlamentares
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Plenário da Câmara dos Deputados. Foto: Saulo Cruz/Câmara dos Deputados

O Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse que a PEC apenas se restringe a regulamentar o artigo 53 da Constituição Federal.

Segundo Lira, a admissibilidade trata dos princípios constitucionais e não do mérito, e que a palavra final é do Plenário da Casa. Para ser aprovada, a PEC deverá receber o apoio mínimo de 308 em dois turno no plenário da Câmara; o Senado também precisa analisar a matéria.

A Câmara deve votar hoje à tarde a Proposta de Emenda à Constituição que altera as regras de imunidade parlamentar. Ontem, o plenário da Casa aprovou a admissibilidade da PEC, que está sendo chamada de “PEC da Impunidade” e estabelece novos limites para a prisão dos políticos eleitos.

A proposta foi uma reação explícita ao caso do deputado Daniel Silveira, preso por determinação do Supremo Tribunal Federal.

O que muda com a proposta

Na prática, o texto impede que os políticos sejam presos por ordem de um único ministro do STF. De acordo com a PEC, o deputado ou senador preso em flagrante por crime inafiançável será encaminhado ao próprio Congresso – não à polícia. O Legislativo ficará responsável pela guarda do investigado até uma decisão final do plenário.

Só depois de confirmada a prisão é que o juiz competente deverá realizar a audiência de custódia. Na ocasião, a medida poderá ser relaxada e concedida a liberdade provisória ou – se o Ministério Público requisitar – converter a prisão em flagrante em preventiva.

O Judiciário não terá autorização para afastar o político do mandato, como ocorreu com a deputada Flor de Lis, após decisão do Tribunal de Justiça do Rio.

Criação da PEC foi uma reação explícita ao caso do deputado Daniel Silveira, preso por determinação do Supremo Tribunal Federal. Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

Quando será possível a prisão em flagrante

Os casos de prisão em flagrantes incluem apenas os crimes de racismo, tortura, tráfico de drogas, terrorismo e os definidos como crimes hediondos, ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o estado democrático. Corrupção fica de fora.

O que é necessário para a aprovação da PEC

Para ser aprovada, a PEC deverá receber o apoio mínimo de 308 em dois turno no Plenário da Câmara. Em seguida, o texto segue para análise do Senado.

Acompanhe a análise do colunista da BandNews FM, Rodrigo Orengo: