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Lupi nega que previdência cause "rombo": "Não se conta pessoas como número frio"

Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi concedeu uma entrevista exclusiva ao Entre Nós e rechaçou considerar que a previdência produza um déficit nas contas públicas

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O Ministro da Previdência Social e presidente do PDT, Carlos Lupi, participou do programa Entre Nós nesta terça-feira (23), questionou os motivos que podem levar o país a votar uma nova reforma da previdência e negou que o setor cause um "rombo" nas contas públicas.

Na visão do político, não é possível considerar que os seres humanos sejam vistos apenas como números numa sociedade democrática.

"Não se conta ser humano como número frio, estamos tratando de 70% da sustentação dos municípios brasileiros. Dos quase seis mil municípios, se mais de quatro mil deles, se a previdência parar de pagar, [a economia da cidade] para. Olha a contribuição social que tem a aposentadoria. Esse dinheiro circula", afirmou.

Lupi ainda pontuou que mais da metade dos brasileiros que recebem o benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) são contemplados com um salário mínimo e não conseguem poupar parte dos recebimentos. "[Gastam] Para comprar remédio, para ajudar um filho, para pagar uma prestação. O parâmetro não pode ser número", pontuou.

Questionado sobre a possibilidade da previdência social "quebrar", o que acarretaria em um maior número de pessoas sem a assistência do governo, Lupi minimizou a intervenção e disse que houve "a meio século que a previdência vai quebrar o Brasil".

"Não estou fazendo favor, é quem contribuiu, quem pagou. São R$ 63 bilhões de recursos do Tesouro Nacional que são investidos na sociedade aos brasileiros que tem, de alguma forma, benefícios da previdência. É justo que esquecer o que esses seres humanos contribuíram para que hoje sejamos esse grande país? Vamos combater a roubalheira, as sonegações, as isenções", reivindicou.

Quando perguntado a respeito de uma nova reforma da previdência, Lupi disse que, antes, precisa saber qual o objetivo da ação: "Toda reforma que se faz nesse país é uma antirreforma, para tirar direitos. Qual a visão? Com que objetivo? Vamos discutir a melhoria da arrecadação da atual previdência. Temos 58 milhões de brasileiros que contribuem e perto de 50 milhões que não contribuem. Será que esse não é o caminho para melhorar o arrecadação da previdência?", questionou.

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