O Museu de Arte de São Paulo inicia nesta sexta-feira (20) as obras de expansão do museu localizado na Avenida Paulista, ponto turístico da capital paulista. A área do museu ganhará mais 6.945 m² com os 14 novos andares de galerias que serão construídas. O projeto conta também com salas de aula, reserva técnica, laboratório de restauro, lojas, espaços para realização de eventos e restaurante. A proposta consiste em um novo prédio, que será interligado ao tradicional por meio de uma passagem subterrânea.
O novo edifício levará o nome de Pietro Maria Bardi, primeiro responsável ela direção artística da instituição, já o edifício histórico será chamado de Lina Bo Bardi, arquiteta responsável pelo projeto desse espaço e pela criação dos icônicos cavaletes de vidro. A dupla, junto com Assis Chateaubriand, fundou o museu.
A ideia da expansão é permitir que o acervo do Masp seja melhor aproveitado, já que atualmente apenas 1% do material conservado é exposto por falta de espaço. Além disso, a organização acredita que será uma forma de melhorar o acesso do público ao espaço.
“O acervo do Masp vem crescendo. Nosso plano é que o edifício Lina seja dedicado à exposição das obras que pertencem à coleção do museu, sobretudo nas áreas do subsolo. Já as novas galerias deverão ser ocupadas com exposições temporárias, todas com pé-direito alto e equipadas com sistema de climatização e iluminação de última geração. Atualmente, a programação do museu tem um cronograma apertado e esses espaços vão proporcionar um respiro maior no calendário e uma melhor organização na narrativa das exposições. ”, explica o diretor artístico do Masp, Adriano Pedrosa.
Dentro dos 14 novos andares, serão organizadas sete novas galerias, sendo duas multiusos e cinco expositivas. Essa expansão aumentará o local em 66% e promete tornar o museu um dos eixos culturais mundiais.
O Masp é o mais completo em termos de obras europeias na América do Sul e se prepara para ser uma das referências tecnológicas arquitetônicas em toda a latino-américa. Com previsão de entrega para 2024, a construção custará R$180 milhões e será financiada apenas por doações de pessoas físicas. Com base sustentável, a criação propõe soluções sustentáveis que diminuam a pegada de carbono, além de utilizar iluminação automatizada em LED, que reduz o consumo energético.