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Megale defende decisão sobre Bolsonaro em embaixada: "Ser esquisito não basta"

Âncora da BandNews FM concordou com a decisão de Alexandre de Moraes de não avançar na investigação de uma possível tentativa de fuga do ex-presidente

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Bolsonaro na embaixada da Hungria
Bolsonaro na embaixada da Hungria
Reprodução/NYT

O âncora Luiz Megale, da BandNews FM, analisou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes de não avançar em qualquer medida penal sobre a estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na embaixada da Hungria

Moraes concluiu nesta quarta-feira (24) que não há provas de que o ex-presidente Jair Bolsonaro pediria asilo ao permanecer por dois dias na Embaixada da Hungria, em Brasília, em fevereiro deste ano. 

Tudo isso é muito suspeito, é muito esquisito, mas ser suspeito e esquisito não basta para você conduzir uma investigação.

“De fato não tinha nada ali. Quer dizer, tem algo que é altamente suspeito, que é um cara adulto dormir dois dias em uma embaixada de um país amigo, um país autoritário, de que, digamos, é dos parceiros internacionais do ex-presidente brasileiro”, afirmou Megale.

Ao avaliar o caso, Moraes argumentou que o ex-presidente não violou a medida cautelar que o proíbe de se ausentar do país.

A estadia de Bolsonaro na embaixada foi divulgada pelo jornal The New York Times. O jornal analisou as imagens das câmeras de segurança do local e imagens de satélite, que mostram que ele chegou no dia 12 de fevereiro à tarde e saiu na tarde do dia 14 de fevereiro.

As imagens mostram que a embaixada estava praticamente vazia, exceto por alguns diplomatas húngaros que moram no local. 

“Entrou lá na embaixada, levou pijama, escova de dentes, ganhou uma cafeteira e dois dias depois saiu. Ninguém teve que arrancar ele de lá e não levou adiante a sua estadia na embaixada dá Hungria. É tudo esquisito, a gente tem o direito de achar que ele estava maquinando uma eventual fuga, um eventual asilo, mas esse pedido de asilo não existiu. Ele voltou para casa voluntariamente, portanto se arquive de fato”, concluiu Megale.

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