"Metade de mim foi embora", afirmou nesta quinta-feira (17) Gisélia de Oliveira Carminati sobre a perda da filha, de 17 anos, uma das vítimas do deslizamento de terra no Morro da Oficina, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. A mãe procurou a jovem com uma enxada nos escombros.
Gisélia conta que não parou de procurar a filha em sequer um minuto e que as mãos chegam a estar com calos por causa da procura.
Ela tem uma outra filha, de 6 anos, e que está indo para Petrópolis participar do enterro da irmã. Gisélia conta Maria Eduarda fazia planos para tirar a primeira habilitação quando completasse 18 anos, em dezembro.
A mulher conseguiu liberar o corpo da filha no início da manhã desta quinta (17) e ainda esperar liberar o corpo da filha de uma afilhada, menor de idade, que também morreu no deslizamento.
Gisélia saiu de Juiz de Fora, em Minas Gerais, após saber do temporal. A filha dela, Maria Eduarda Carminati de Carvalho, de 17 anos, morava com a tia no Morro da Oficina. O local foi o mais afetado pelas chuvas que castigaram a região.
Além de Maria Eduarda, a tia Tânia, e uma bebê, Helena, estavam juntas e morreram no deslizamento, nesta terça-feira (15).