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Milton Ribeiro confirma que recebeu pastores no MEC a pedido de Bolsonaro

Em depoimento à PF, o ex-ministro da Educação negou qualquer tipo de favorecimento

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Milton Ribeiro disse negou a existência de um "gabinete paralelo" dentro da pasta
Milton Ribeiro disse negou a existência de um "gabinete paralelo" dentro da pasta
Foto: Reuters

Em depoimento à Polícia Federal, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro confirma ter se encontrado com pastores para atender a um pedido do presidente da república, mas negou ter favorecido os religiosos.

Um dos pastores, Gilmar Santos - da Igreja Ministério Cristo para Todos -, tinha trânsito livre no MEC e é acusado de pedir propina em troca da liberação de verbas para prefeituras.

Milton Ribeiro negou a existência de um "gabinete paralelo" dentro da pasta.

Foi um áudio citando o pastor Gilmar - divulgado no último dia 22 - que derrubou o ex-ministro da Educação.

Nele, Milton Ribeiro falava em dar prioridade às demandas do religioso, a pedido de Jair Bolsonaro.

Além de Milton Ribeiro e do pastor Gilmar, um outro líder evangélico, Arilton Moura, também é investigado.

Os pastores usavam um hotel em Brasília como "QG" e chegaram a distribuir Bíblias com fotografias de Milton Ribeiro em eventos realizados pelo país.

NOVA NOMEAÇÃO

O secretário-executivo do Ministério da Educação, Victor Godoy Veiga, foi nomeado para comandar interinamente a pasta após a saída de Milton Ribeiro. O nome foi publicado no Diário Oficial da União de terça-feira (29). Diversos partidos do centrão articulam para colocar alguém no comando do MEC.

Godoy chegou ao Ministério da Educação vindo do Tribunal de Contas da União em julho de 2020. Ele é o quinto a ocupar a cadeira de ministro no governo de Jair Bolsonaro.

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