Movimento ‘Todos Juntos contra o Câncer’ pede a criação de um grupo de trabalho especial para conter a pandemia

Da Redação

Movimento ‘Todos Juntos contra o Câncer’ pede a criação de um grupo de trabalho especial para conter a pandemia Reprodução TV
Movimento ‘Todos Juntos contra o Câncer’ pede a criação de um grupo de trabalho especial para conter a pandemia
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O Movimento Todos Juntos contra o Câncer divulga uma carta aberta que será entregue ao presidente Jair Bolsonaro, ao Ministério da Saúde, ao Congresso Nacional e ao Ministério Público Federal. O texto pede a criação urgente de um grupo de trabalho de especialistas composto por médicos, cientistas, executivos de logística, economistas e pela sociedade civil organizada.

O objetivo é assessorar de perto o plano do governo federal para combater a pandemia. Dentre as medidas que a carta recomenda, estão o aumento do investimento no programa de vacinação, o reforço do distanciamento social, adoção de um lockdown com estratégias para garantir a adesão e a eficácia, além da orientação para que a população use máscara e evite aglomerações.

O texto pede, ainda, que a divulgação de tratamentos precoces sem comprovação científica seja coibida e que o governo se inspire em exemplos nacionais e internacionais de controle da Covid-19 que deram certo. Merula Stegall é líder do Movimento Todos Juntos contra o Câncer e presidente da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, uma das entidades que assinaram a carta.

Para ela, a melhor forma de combater a pandemia é com decisões conjuntas de especialistas de diferentes setores:

A carta também alerta para o impacto da pandemia no tratamento de pacientes com câncer. O Movimento Todos Juntos contra o Câncer prevê que haverá um aumento exponencial de casos da doença que não foram diagnosticados nesse período.

O oncologista Fernando Maluf afirma que, de março de 2020 até agora, o número de pacientes que deixou de fazer exames de rastreamento aumentou consideravelmente. Nos exames para detectar alguns dos tipos mais comuns de câncer, como de mama, próstata, cólon e cólo de útero, a procura caiu entre 50 e 60%.

Fernando Maluf explica que o diagnóstico e o tratamento de pacientes foram prejudicados:

O oncologista Fernando Maluf, fundador do Instituto Vencer o Câncer, lembra que a entidade criou uma campanha para conscientizar a população de que não existe quarentena na saúde. Ele defende que as pessoas façam exames regularmente para identificar eventuais problemas precocemente.

Tudo isso é possível com acompanhamento médico adequado e respeito aos protocolos sanitários. No caso dos pacientes que tem algum tipo de câncer, Fernando Maluf diz que é fundamental seguir a orientação médica e manter o tratamento com as adaptações necessárias.