Um erro fez com que uma mulher recebesse seis doses de vacina da Pfizer em São Paulo.
A aplicação foi feita acidentalmente por uma técnica de enfermagem do Instituto Emílio Ribas, um dos mais respeitados do Brasil.
Febre, dores de cabeça e no corpo, além de formigamento em dedos da mão e lábios dormentes.
Esses são os sintomas que a mulher, que recebeu um frasco inteiro da vacina da Pfizer, sentiu nos últimos dias.
Em entrevista à BandNews FM, a aposentada - que pediu para ter a identidade preservada – disse ter desconfiado do problema na hora da aplicação: “Eu ainda falei que na 1ª vez que tomei era só um dedinho de dose, mas ela (técnica de enfermagem) encheu a seringa e disse que era assim mesmo”.
Enquanto a mulher pegava a bolsa para sair da sala, uma enfermeira pediu o frasco para aplicar em outra pessoa.
Foi aí que perceberam o erro: “A chefe dela entrou e pediu o frasco. Ela disse que tinha aplicado tudo, aí a enfermeira chefe falou que ela estava louca, porque ali tinha mais doses. Foi aí, que começou a confusão no hospital”.
Ou seja, em vez de aplicar a dose comum de 30 microgramas do imunizante – como prevê a bula da Pfizer, a técnica usou acidentalmente o frasco inteiro, o que equivale a seis doses.
Depois de alguns minutos a chefe de enfermagem reconheceu o problema.
“A senhora me desculpe, porque foi aplicada uma dose excessiva sem diluir. Você está sentindo algo? E eu disse que sim, que um líquido estava escorrendo no meu braço e que na primeira vez não tinha doído tanto”, disse.
A BandNews FM teve acesso ao documento do Instituto Emílio Ribas, um dos mais respeitados do Brasil, onde ele se compromete a acompanhar a paciente.
No último domingo, ela passou por exames de tomografia e de sangue, que não mostraram alterações, apesar dos sintomas como febres, dores de cabeça e no corpo, além de formigamento em dedos da mão e lábios dormentes.
Em nota, o instituto disse que reforçou as práticas de imunização, abriu apuração interna e encaminhou o ocorrido para o Conselho de Ética de Enfermagem.
Outros casos de superdosagem já foram relatados em países como Itália, Estados Unidos, Austrália, Alemanha e Israel.
Procurada pela BandNews FM, a Pfizer disse que monitora e recomenda o monitoramento de pacientes em casos em que houve má administração da vacina.
Esclareceu ainda que já foram feitos testes com superdosagem – mas não como a que aconteceu no Emílio Ribas – e que os 52 pacientes incluídos no estudo não apresentaram reações adversas.