A Procuradoria-Geral da República vai analisar o pedido de transferência de presídio feito pelo deputado federal Chiquinho Brazão. O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes encaminhou a solicitação à Procuradoria-Geral da República e estipulou prazo de cinco dias para a resposta.
O político está preso no Presídio Federal de Campo Grande, acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco ao lado do irmão, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Domingos Brazão.
O argumento da defesa do deputado é de que a transferência vai viabilizar a defesa do político no processo de cassação que tramita na Câmara dos Deputados.
Chiquinho Brazão também havia pedido para acompanhar o depoimento do ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, na tarde de segunda-feira (3). No entanto, não houve tempo hábil para o julgamento da solicitação. Barbosa também está preso acusado de obstruir as investigações e proteger os irmãos Brazão.
Rivaldo Barbosa depôs na Penitenciária Federal de Brasília por cerca de 4 horas e negou qualquer envolvimento com a família Brazão e disse que o réu confesso por atirar contra as vítimas, o ex-PM Ronnie Lessa, está agindo por vingança.
O acusado optou por ficar em silêncio quando questionado sobre as empresas dele e da esposa e de que teria recebido propina durante uma operação em 2012.