Polícia investiga relação entre suicídio de vigilante e assassinato de petista

Claudinei Coco era diretor de clube onde o petista Marcelo Arruda foi assassinado

BandNews FM

Marcelo Arruda foi morto por bolsonarista quando comemorava 50 anos Reprodução
Marcelo Arruda foi morto por bolsonarista quando comemorava 50 anos
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A morte do vigilante Claudinei Coco Esquarcini é apontada como um novo fato nas investigações da morte de Marcelo Arruda. Segundo a Polícia Civil, Claudinei cometeu suicídio ao se jogar de um viaduto. Imagens de monitoramento da via mostram que ele estava sozinho no momento em que pulou.  

O vigilante teria sido socorrido com vida, mas não resistiu. Claudinei era um dos diretores da Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), onde Marcelo Arruda foi morto pelo policial penal federal Jorge Guaranho. O crime aconteceu no domingo passado (09) quando o guarda municipal e tesoureiro do PT comemorava o aniversário de 50 anos.  

De acordo com o advogado da família de Arruda, Claudinei seria o responsável pelo controle das imagens das câmeras de vídeo do clube e pode ter sido o responsável pela divulgação destas imagens para terceiros. 

O Ministério Público do Paraná (MPPR) deve apresentar nos próximos dias uma denúncia contra Jorge Guaranho pelo assassinato de Marcelo Arruda. O policial penal federal foi indiciado na última semana por homicídio qualificado por motivo torpe e por perigo comum ao colocar a vida de outras pessoas em risco. A Polícia Civil afastou a hipótese de crime de ódio com motivação política, com base no depoimento da esposa do atirador. A tese, no entanto, é contestada pela defesa e familiares de Arruda, que continuam pedindo diligências. 

A partir do recebimento do inquérito policial, a promotoria tem 15 dias para analisar o processo e trabalhar no oferecimento da denúncia. Em contato com a reportagem, o MP informou que aguarda a perícia do celular de Guaranho para se manifestar. Sobre a morte do vigilante, a Itaipu Binacional divulgou uma nota de pesar, em que afirma que Claudinei trabalhou na instituição por 20 anos, sempre como agente de segurança da Divisão de Segurança da Central. A empresa diz que “está prestando toda a assistência necessária à família, a quem expressa suas condolências". Ele deixa esposa e três filhos.