O presidente da Rússia culpou o Ocidente e a Otan pela invasão na Ucrânia. Em discurso na Praça Vermelha, em Moscou, nesta segunda-feira (9), Vladimir Putin criticou ameaças externas que ameaçam dividir e enfraquecer os russos. A fala ocorreu durante um desfile militar em comemoração ao 77º Dia da Vitória, data que marca a rendição do exército nazista a então União Soviética. Na Europa Ocidental, a data da derrota de Hitler é celebrada no dia 8 de maio e contou com uma reunião do G7 prometendo o fim das importações do petróleo russo.
A comunidade internacional acompanha com apreensão está segunda-feira por conta da possibilidade de novos anúncios de Putin sobre os rumos da guerra, mas não houve nenhuma sinalização neste sentido.
Em 11 minutos de discurso, o presidente russo não fez referência direta ao país vizinho invadido, mas fez um aceno as tropas que lutam na região. Putin fez referência a batalha na 2ª Guerra Mundial para incentivar os soldados que participam da “operação especial”. O chefe de governo voltou a falar em “desnazificar” a Ucrânia e afirmou: “Hoje você está lutando por nosso povo em Donbass, pela segurança da Rússia, nossa pátria”.
O Donbass é a região no leste da Ucrânia de maioria russa e que desde 2014 vive um conflito com separatistas que defendem a independência da região.
Após o discurso de Putin, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que o país não cederá nenhuma parte do território para os russos e afirmou que o russo “reencenação sangrenta do nazismo”.
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