Qualidade de vida melhora no Brasil, mas desigualdade continua, aponta IBGE

Maiores crescimentos aconteceram em Roraima e Sergipe; Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro tiveram menores aumentos

Rádio BandNews FM

Qualidade de vida melhora no Brasil, mas desigualdade continua, aponta IBGE
Qualidade de vida melhora no Brasil, mas desigualdade continua, aponta IBGE
José Cruz/Agência Brasil

O Índice de Desempenho Socioeconômico, que mede a qualidade de vida e bem-estar da população a partir da renda, aumentou no Brasil e em todas as Unidades da Federação.

O estudo divulgado pelo IBGE, nesta sexta-feira (23), mostrou um aumento de 12,8% na taxa. A pesquisa comparou o número de dois períodos: 2008 a 2009 e 2017 a 2018.

Entre os itens analisados estão: moradia, acesso aos serviços de utilidade pública, saúde, entre outros.

Nos estados, os maiores crescimentos aconteceram em Roraima, com 32%; e Sergipe, com 25,8%. O estado do Norte do país teve aumento de renda familiar per capita de 70%. O valor passou de 674,65 para R$ 1.148,39. Roraima e Sergipe são as duas unidades da federação onde a renda disponível familiar per capita é mais baixa que a média nacional.

Por outro lado, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro tiveram os menores aumentos. Segundo os especialistas, mesmo em áreas onde a renda disponível familiar per capita é mais elevada e que já tenha recursos de acesso à saúde, saneamento e transporte, é necessário a manutenção e a ampliação desses serviços para evoluir no índice.

Já o Índice de Perda de Qualidade de Vida, que identifica as privações que as pessoas enfrentam para transformar os recursos e comprar bens e serviços em qualidade de vida, teve uma retração de quase 30%.

Ainda segundo a pesquisa do IBGE, o índice foi maior em famílias com a pessoa de referência preta ou parda. Outro destaque apontado pelo estudo é que a perda de qualidade de vida é maior no Norte, no Nordeste e nas áreas rurais do país.