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Quase 2500 doses de vacinas contra Covid-19 foram descartadas em Minas Gerais

Dados obtidos pela BandNews FM apontam que outros cinco mil imunizantes podem ser descartados devido à baixa adesão à vacinação no estado

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No município de Unaí, mais 5 mil doses correm o risco de serem descartadas
No município de Unaí, mais 5 mil doses correm o risco de serem descartadas
Reuters

Duas mil quatrocentas e vinte e duas doses de vacinas contra a Covid-19 foram descartadas em Minas Gerais nos últimos dias.

Os dados foram obtidos com exclusividade pela reportagem da Band News.

A grande maioria destes imunizantes foi fabricada pela Pfizer: cerca de 2.352 doses da farmacêutica, além de 50 da Janssen e 20 do Instituto Butantan.

O principal motivo para o descarte destas doses é a ausência da população nos postos de saúde.

Só no município de Unaí, na região noroeste de Minas, aproximadamente mais 5 mil doses correm o risco de serem descartadas por conta da baixa adesão das pessoas à campanha de vacinação.

Segundo a Coordenadora de epidemiologia da Secretaria de Saúde do município, Adriane Araújo, as duas doses da vacina são a melhor forma de se proteger contra o novo coronavírus.

A secretária de saúde de Unaí alerta que o distanciamento social é cada vez menos respeitado com o avanço da vacinação, por isso é importante que todos tomem as duas doses.

Além disso, segundo dados registrados pelo Painel Vacinômetro, do governo de Minas, até o momento 81,3% da população mineira acima de 12 anos já completou o esquema vacinal contra a Covid-19, seja com as duas doses ou com a dose única.

Isso representa mais de 16 milhões de pessoas.

Já em relação às pessoas que ainda não tiveram o registro da segunda dose lançado no sistema oficial, por meio do banco de dados Open DataSUS do dia 9 de novembro, são 2 milhões e 600 mil.

A Secretária Adriane Araújo ressalta que o descarte de doses hoje pode significar falta de imunizante nos postos amanhã.

Pelo Brasil, algumas cidades e estados já adotam o passaporte de vacinação contra a Covid-19, seguindo recomendação da Anvisa.

O presidente Jair Bolsonaro já se mostrou contra a obrigatoriedade do documento.

Recentemente, o governo federal passou a exigir quarentena de cinco dias para viajantes não vacinados que chegarem por via aérea.

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