BandNews FM

Reinaldo: "Conservadorismo é diferente de querer que o mundo ande para trás"

Comentarista condenou novamente os ataques golpistas de bolsonaristas e setores da sociedade que, segundo ele, se alinharam ao discurso de apoiadores do ex-presidente

Da Redação

  • facebook
  • twitter
  • whatsapp
  • facebook
  • twitter
  • whatsapp

O comentarista Reinaldo Azevedo analisou no O É da Coisa as falas do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, em encontro que ocorreu nesta segunda-feira na sede da Fiesp, na Avenida Paulista, em São Paulo. Em seu discurso, o ministro fez críticas à extrema-direita e à ameaça à democracia que, segundo ele, ocorreram durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Para Barroso, o pensamento conservador e a defesa da liberdade de expressão têm sido usados por um movimento populista de direita. "Temos assistido (à ascensão) de um populismo de direita, frequentemente racista, xenófobo, misógino e anti ambientalista. Houve uma captura do pensamento conservador pela extrema direita. A liberdade de expressão é essencial para a democracia. Mas, com o avanço das redes sociais, surgiu um modelo de negócios baseado no engajamento e no ódio. A mentira e o radicalismo conquistam muito mais engajamento do que a fala moderada, a busca pela verdade", disse.

Reinaldo concordou com o ministro e criticou o uso inadequado de ideias conservadoras. "Isso me é particularmente caro, porque eu tenho aspectos do meu pensamento muito mais parecidos com conservadorismo, que nada tem a ver com reacionarismo. Conservadorismo não é isso, é um pensamento que tem a ver com o modo como você muda a sociedade, admitindo que a mudança é necessária, que há caminhos para mudar, e geralmente um conservador é aquele que antevê uma ruptura institucional e que acredita que a mudança possa ser feita por outro caminho", disse.

"Isso é diferente de querer fazer o mundo andar para trás. Uma coisa é você falar para seguirmos mudando aos poucos, outra coisa é você querer fazer com que as coisas voltem ao passado. E, às vezes, é um passado que nem existiu. Se inventa um passado. 'Ah, como era bom o Brasil antigamente. Como a escola pública no meu tempo era boa'. É, para quantas pessoas? Para 20% da população. Então, essa escola pública boa que você fala, na verdade, se existia, existia para um grupo muito pequeno", completou o comentarista.  

O âncora do programa O É da Coisa, da BandNews FM, condenou novamente os ataques golpistas de bolsonaristas e setores da sociedade que, segundo ele, se alinharam ao discurso de apoiadores do ex-presidente. "Sim, a democracia está correndo risco ainda hoje, correu risco no governo Bolsonaro, e hoje, infelizmente, a quantidade de canalhas que ficam dando piscadela para essa gente, é um negócio desavergonhado. Eu não sei se é gente que precisa disso para um meio de vida, não sei se é só uma vida miserável, ou se é realmente concordância com o ódio, o ódio da democracia".

Tópicos relacionados

  • facebook
  • twitter
  • whatsapp

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.