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Rússia avalia como "grave erro" entrada de Suécia e Finlândia na Otan

Russos prometeram resposta imediata ao ingresso dos países na Aliança Militar do Ocidente; Ministério das Relações Exteriores afirma que integração gera mais tensão na região

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Rússia falou em resposta imediata ao ingresso dos países nórdicos na aliança militar
Rússia falou em resposta imediata ao ingresso dos países nórdicos na aliança militar
Foto: Reuters

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Riabkov, afirmou nesta segunda-feira (16) que a entrada de Suécia e Finlândia na Organização do Tratado do Atlântico Norte é um “grande erro”. Os países escandinavos anunciaram no fim de semana o início do processo de adesão ao grupo militar comandado pelos Estados Unidos.

Na avaliação de Riabkov, a integração vai gerar ainda mais tensões na região. A Finlândia faz fronteira com o território russo por mais de mil quilômetros. "É um grave erro adicional, cujas consequências terão um longo alcance", afirmou o funcionário do alto escalão russo à agência de notícias Interfax.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Pesjkov, também se pronunciou nesta segunda (16) e disse que a Rússia "acompanha de perto" os ingressos na Otan. De acordo com Pesjkov, a entrada dos países não vai fortalecer a "arquitetura da segurança da Europa".

Na semana passada, a Rússia falou em resposta imediata ao ingresso dos países nórdicos na aliança militar.

Finlândia e Suécia têm um histórico de neutralidade militar e decidiram abandonar o status após a invasão da Ucrânia pelas tropas de Vladimir Putin.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que trabalha para uma adesão rápida dos países ao grupo que já reúne 30 nações europeias.

Mas já há um problema a ser resolvido com a Turquia, que detém o segundo maior exército da organização, atrás apenas dos Estados Unidos. O presidente turco, Recep Erdogan, afirmou na sexta-feira (13) ser contrário as entradas.

Segundo Erdogan, a Otan não pode insistir no erro cometido com a adesão da Grécia. O país, assim como Suécia e Finlândia, apoia os curdos, maior povo sem pátria do mundo e que reivindica um território que tomaria parte das terras turcas.  

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