O Ministério da Saúde diz que a vacina oral contra a poliomielite será substituída pela versão injetável a partir de 2024. A mudança não será imediata, e terá um tempo de transição entre as duas formas de imunização.
A Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização, aprovou a medida e considerou novas evidências científicas para proteção contra a doença. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que a medida é importante para melhor combater a doença.
De acordo com Ministério, Zé Gotinha vai continuar nas campanhas do governo federal, como símbolo da importância da vacinação.
A pasta recomendou que o país passe a adotar exclusivamente a vacina injetável no reforço para crianças de 15 meses de idade, que atualmente é feito com a gotinha. Após um período de transição, as crianças brasileiras que completarem as três primeiras doses da vacina, irão tomar apenas um reforço com a vacina injetável aos 15 meses.
A dose de reforço aplicada atualmente aos 4 anos não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses vai garantir a proteção contra a pólio.
A atualização considerou os critérios epidemiológicos, as evidências relacionadas à vacina e as recomendações internacionais sobre o tema. O detalhamento da medida foi feito durante visita da ministra Nísia Trindade à Sociedade Brasileira de Pediatria, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (7).
Nela, o Ministério da Saúde também anunciou uma ação de multivacinação para recuperar a boa cobertura vacinal de crianças e adolescentes, já com início no segundo semestre deste ano.
O cronograma começa pelo Norte, no Amapá, com o Dia D em 15 de julho. A prioridade da região, segundo a ministra, é por causa da baixa adesão aos imunizantes e do maior risco de reintrodução de vírus como poliomielite e sarampo.
No Rio de Janeiro, o período da multivacinação vai de 26 de agosto a 9 de setembro, sendo o Dia D em 2 de setembro. O cronograma termina com o Dia D em Minas Gerais, no Sudeste. O período de vacinação nos municípios é de cerca de 15 dias.