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#SEMNICOTINA: O que é o movimento feito por Foganoli que está bombando no TikTok

Cigarro eletrônico virou febre entre jovens: 17% do público, com idades entre 13 e 17 anos, confirmaram já ter utilizado vape

Por Carine Roma e Júlia Letícia

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Foganoli tem 23 anos e criou o movimento na internet contra a nicotina
Arte BandNews FM

Uma campanha lançada nas redes sociais e com o foco no público jovem tem feito bastante barulho e pode ser um incentivo para o fim de um vício: o cigarro e os vapes.

A ação partiu do influencer Gustavo Foganoli, de 23 anos, foi batizada de #SEMNICOTINA e já tem mais de 30 milhões de visualizações no TikTok.

O influenciador - que fumava desde os 14 anos - contou que o projeto foi pensado por mais de cinco meses e disse enxergar a atitude como um “compromisso público” -  a ideia foi de que a hashtag se tornasse uma rede de apoio. 

Em entrevista à BandNews FM, a influencer Fabiana Sobrinho, de 35 anos, conhecida como Fabibubu, também relatou o processo contra o vício: ela começou a fumar aos 17 anos e está há três meses sem o cigarro.

“Comecei totalmente desacreditada, mas, a cada dia que passava, não queria desperdiçar o progresso que tinha, então fui indo, quando vi, já não estava mais pensando em fumar. As mudanças no meu corpo também me motivaram bastante”, declarou.

O cigarro eletrônico é uma tendência entre os jovens e, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 17% do público, com idades entre 13 e 17 anos, confirmaram já ter utilizado. 

Na semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu por manter a proibição dos chamados “vapes” no Brasil, mas, embora a venda seja proibida, eles são encontrados facilmente nas ruas, portas de balada, transportes públicos e até mesmo em semáforos.

Conforme o estudo do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a situação não é tão diferente em relação aos cigarros: adolescentes, entre 13 e 17 anos de idade, conseguem comprar em locais comerciais autorizados, como padaria, mercados e bancas de jornal - a venda é proibida para essa faixa etária.

A psicóloga especializada em tratamento de tabagismo Silvia Cury explicou: “Quando a nicotina entra no corpo, nós temos receptores cerebrais e físicos que assimilam essa reação química e diminui a ansiedade de uma forma inconsciente: a utilização passa a ser constante e, em mais de três meses, a pessoa já passa a ficar dependente”.

Segundo dados divulgados neste ano pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo: 26,8% dos brasileiros já receberam diagnóstico médico da doença.

Silvia Cury ainda alertou que o uso dos vapes leva ao adoecimento pulmonar mais rapidamente que cigarro o e critica essa falsa ilusão de que ele ajuda no processo de parar de fumar.

“A única forma é fazendo tratamento tradicional, em que busca a medicação em conjunto com a terapia psicológica”, disse.

Atualmente, a hashtag está repercutindo positivamente na internet, fazendo com que outros jovens e influencers entrem na campanha e compartilhem experiências.

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