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STF determina quebra de sigilo de Ricardo Salles e afasta presidente do Ibama

Investigação contra a exportação ilegal de madeira foi alvo da Operação Akuanduba, da Polícia Federal

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Ricardo Salles é um dos alvos da operação da Polícia Federal nesta quarta (19)
Ricardo Salles é um dos alvos da operação da Polícia Federal nesta quarta (19)
Foto: Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal determina a quebra dos sigilos fiscais e bancários do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles em decorrência de uma operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (19).

A ação da PF mirou servidores públicos acuados de exportação ilegal de madeira para os Estados Unidos e Europa. A Operação Akuanduba apura crimes contra a administração pública (corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e, especialmente, facilitação de contrabando) praticados também por empresários do ramo madeireiro.

Foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, no Pará e em São Paulo. A decisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

O ministro Ricardo Salles foi teve o celular apreendido e foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

O presidente do Ibama, Eduardo Bim, foi afastado do cargo por decisão judicial do STF.

A Polícia Federal também investiga a edição de um decreto de 2020 que permitia a exportação de produtos florestais sem a necessidade de emissão de autorização.

O STF também determinou o afastamento imediato de 10 agentes do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente:

  1. Eduardo Fortunato Bim,  presidente do Ibama;
  2. Leopoldo Penteado Butkiewicz,  assessor especial do gabinete do ministro do meio ambiente (mma);
  3. Wagner Tadeu Matiota,  superintendente de apurações de infrações ambientais (siam/gab/ Ibama);
  4. Olímpio Ferreira Magalhães , diretor de proteção ambiental - dipro/ Ibama;
  5. João Pessoa Riograndense Moreira Junior , diretor de uso sustentável da biodiversidade e florestas- dbflo;
  6. Rafael Freire de Macedo, coordenador-geral de monitoramento do uso da biodiversidade e comercio exterior cgmoc;
  7. Leslie Nelson Jardim Tavares , coordenador de operações de fiscalização cofis;
  8. André Heleno Azevedo Silveira , coordenador de inteligência de fiscalização coinf;
  9. Artur Vallinoto Bastos , analista ambiental, nufis/ Ibama /pa;

Olivaldi Alves Azevedo Borges,  secretário adjunto da secretaria de biodiversidade do ministério do meio ambiente;

A investigação que determinou a operação começou em janeiro deste ano, após informações de autoridades estrangeiras noticiarem o possível desvio de conduta dos servidores públicos.

Pelo Twitter, o delegado federal Alexandre Saraiva, que denunciou Salle por suposta interferência nos trabalhos de combate aos crimes ambientais, comemorou a ação de hojw: