A chamada Superterça nos Estados Unidos deve consolidar os nomes de Joe Biden e Donald Trump na disputa eleitoral americana. Nesta terça (5), 15 estados e um território vão às urnas definir as indicações dos partidos Republicano e Democrata. Quase um terço dos delegados em disputa serão definidos nesta data.

Em outros anos, o dia com o maior número de prévias estaduais era considerado um importante termômetro para a definição do vencedor da disputa pela vaga das legendas. Mas, em 2024, com uma polarização crescente da sociedade americana e a ausência de novos nomes de ambos os lados, a Superterça parece mais um plebiscito para testar a força de mobilização dos dois principais personagens do processo eleitoral.

A ex-governadora da Carolina do Sul Nikki Haley é a única a desafiar Trump entre os republicanos e uma virada no jogo é considerada muito difícil.

Do lado democrata, por ser o atual ocupante da Casa Branca, Joe Biden tem dois concorrentes de menor expressão e que não estão na disputa em todos os estados.

No sistema americano, delegados eleitos em cada um dos estados e territórios representam a vontade dos eleitores na convenção final dos partidos, que ocorre entre junho e agosto. Mas assim que os candidatos conseguem 1215 delegados, são considerados os virtuais concorrentes.

Ao todo, são 854 delegados republicanos em disputa nesta Superterça. A Califórnia, o maior estado do país, é o principal trunfo em disputa. Também estão em jogo os delegados do Colorado, Utah, Oklahoma, Arkansas, Minnesota, Maine, Vermont, Virgínia, Massachusetts. Carolina do Norte, Tennessee, Alabama, Texas e Alaska.

Os democratas não realizam prévias no Alaska, mas abrem os resultados de Iowa, além da Samoa Americana, um território no Oceano Pacífico.

Trump já conseguiu 273 delegados, enquanto Nikki Haley tem 43 votos. Do lado adversário, Biden tem 206 adesões.

A Superterça acontece um dia após a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos decidir, por unanimidade, que Trump não pode ser impedido de concorrer à Presidência por decisões estaduais que consideram ele um incentivador da insurreição do 6 de janeiro de 2021, que tentou barrar a confirmação da eleição de Joe Biden.