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Tarcísio de Freitas diz que greve em São Paulo “é política”

Linhas de metrô e trem têm operação alterada em dia de manifestação contra privatizações

Renan Sukevicius

Tarcísio diz que trabalhadores do Metrô “desrespeitaram” decisão judicial
Tarcísio diz que trabalhadores do Metrô “desrespeitaram” decisão judicial
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ramais de trem e metrô têm operação parcial nesta terça-feira (28) depois de ferroviários, metroviários e funcionários da Sabesp terem convocado uma paralisação. A mobilização é contrária ao plano de privatizações do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Em pronunciamento, o governador afirmou que a operação da companhia de saneamento não foi prejudicada. No entanto, o político disse que em alguns prédios da companhia houve dificuldade no acesso de alguns funcionários, por causa de protestos.

Na CPTM, a linha 10-Turquesa está paralisada e a 11-Coral opera parcialmente. As demais, têm operação normal. O maior impacto é no Metrô.

Tarcísio disse que de novo os trabalhadores da companhia do Metropolitano “ignoraram e desrespeitaram” uma decisão judicial. Por determinação da Justiça do Trabalho, 85% dos trabalhadores da CPTM e 80% dos serviços do Metrô deveriam operar nos horários de pico. “A gente busca a tutela do judiciário para que ele dê contornos ao movimento [grevista]. Para tudo tem regra, até para greve”, opinou.

O governador paulista falou que os trabalhadores fazem uma manifestação política e que integrantes destes sindicatos foram “capturados por partidos políticos”. Ele não disse quais. 

Privatizações não vão parar

No pronunciamento que fez na manhã desta terça, Tarcísio disse que vai continuar privatizações. “Ano que vem, vamos fazer a privatização da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), vamos fazer a privatização da Sabesp”, disse. 

O governador paulista indicou que não pretende dialogar com os trabalhadores em greve. E foi categórico: “Nós não vamos deixar de cumprir aquilo que nos programamos a fazer. Não adianta fazer greve, não tem o que ser negociado, não tem o que ser tratado, não tem acordo. O governo vai continuar fazendo desestatizações e eles [trabalhadores] vão continuar não concordando”, declarou. 

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