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Testemunha afirma que desaconselhou instalação de espuma isolante na Kiss

Ele foi um dos ouvidos no segundo dia do julgamento da tragédia

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Quatro pessoas foram ouvidas durante o segundo dia do julgamento do caso da boate Kiss, nesta quinta-feira (02), em Porto Alegre.

O engenheiro Miguel Ângelo Pedroso foi a primeira testemunha de acusação a falar no júri. Ele foi indicado pelo Ministério Público. Em 2011, Miguel foi contratado por um outro engenheiro para fazer análise na Kiss quanto à acústica, sua especialidade, dentro das necessidades do Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público. Ele afirmou que desaconselhou a instalação de espuma isolante no interior da Kiss. 

Dois sobreviventes do incêndio da Boate Kiss também foram ouvidos nesta quinta-feira (02). Emanuel de Almeida Pastl de 27 anos estava no local comemorando o seu aniversário junto com o irmão gêmeo e mais amigos, em um grande grupo. O jovem relembra que não foi sinalizado que o incêndio havia começado e que as instruções de saída não eram claras.

Após o depoimento de Emanuel, foi a vez de Jéssica Rosado responder aos questionamentos no plenário. Muito emocionada, ela estampava na camiseta uma foto do irmão Vinicius, que perdeu a vida no incêndio. Ele chegou a voltar várias vezes para tentar encontrar sobreviventes dentro da Kiss e acabou não resistindo aos efeitos da fumaça.

O último depoimento desta quinta-feira foi de Lucas Cauduro Peranzoni, de 40 anos. Ele era o DJ no dia da tragédia. Lucas relatou que logo após o início do incêndio uma grande nuvem de fumaça tomou conta da boate.

Ele fez apresentações na Kiss por cerca de seis meses e contou que perdeu colegas de profissão no dia do incêndio. Ele afirmou que o local estava lotado, mas que já tinha tocado em festas com mais público na boate. E disse que, antes de conseguir sair, acabou desmaiando, foi pisoteado e depois retirado do local.

Ainda durante o depoimento, Lucas Cauduro Peranzoni ressaltou que não sabia que espuma havia sido colocada no teto da estrutura para diminuir os ruídos das apresentações. 

A previsão é que o julgamento dure duas semanas. Os sócios da Kiss, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, o músico e o produtor da banda gurizada Fandagueira respondem por 232 homicídios e 636 tentativas.

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