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Três secretários deixam governo de SP após governador apoiar Bolsonaro

Trocas ocorrem por mal-estar com declaração de apoio “incondicional” sem anúncio prévio aos secretários

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O governador convocou uma reunião no Palácio dos Bandeirantes com todos os secretários. Fotos: Governo de SP e Agência Brasil
O governador convocou uma reunião no Palácio dos Bandeirantes com todos os secretários.
Fotos: Governo de SP e Agência Brasil

Três secretários estaduais deixaram o governo de São Paulo nesta quarta-feira (05) um dia após o governador Rodrigo Garcia, do PSDB, anunciar apoio “incondicional” à reeleição do presidente Jair Bolsonaro, do PL, e o candidato do Republicanos ao Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio de Freitas.

Já na noite de terça-feira (04) começou um movimento demissionário na sede do governo. Entregaram de fato os cargos: Rodrigo Maia, Zeina Latif e Laura Muller Machado. Eles ocupavam, respectivamente, as pastas de Ações Estratégicas, Desenvolvimento Econômico e de Desenvolvimento Social.

O secretário da Fazenda, Felipe Salto, também cogitou deixar o cargo, mas decidiu permanecer no governo. Enquanto o secretário da Cultura, Sérgio Sá Leitão, ainda analisa a possibilidade.

Entre os secretários, a declaração de apoio por parte do governador, sem anunciar os subordinados não foi bem recebida. Além disso, os demissionários são contrários a política de Jair Bolsonaro.

O governador convocou uma reunião no Palácio dos Bandeirantes com todos os secretários, o encontro começou às 9h30 e tem duração prevista de três horas.

Em nota, Rodrigo Garcia já anunciou os substitutos: Tarcila Reis Jordão será a nova secretária de Projetos e Ações Estratégicas, Célia Leão será a nova secretária de Desenvolvimento Social e Bruno Caetano será o novo secretário de Desenvolvimento Econômico.

No comunicado enviado à imprensa, a secretaria de comunicação paulista disse que “que a premissa da administração é garantir que o interesse público esteja acima de qualquer corrente político/partidária. Portanto, o interesse dos paulistas não pode ser refém de qualquer tipo de proselitismo político”.