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Vice-presidente da Câmara não descarta pedido de impeachment contra Bolsonaro

Marcelo Ramos afirmou que as ameaças do presidente sobre a não realização das eleições em 2022 são um “claro crime de responsabilidade”

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Marcelo Ramos voltou a afirmar que fundão só foi aprovado porque contou com apoio da base aliada do governo
Marcelo Ramos voltou a afirmar que fundão só foi aprovado porque contou com apoio da base aliada do governo
Foto: Agência Brasil

Acusado pelo presidente Jair Bolsonaro de ser o responsável pela aprovação do fundão eleitoral de quase R$ 6 bilhões, o vice-presidente da Câmara não descarta acatar um pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro.

Em entrevista à Folha de São Paulo, nesta terça-feira (20), Marcelo Ramos afirmou que as ameaças do presidente sobre a não realização das eleições em 2022 são um “claro crime de responsabilidade”.  

O deputado está no exercício provisório da presidência da Câmara e pediu, no início da semana, para ter acesso a todos os pedidos protocolados contra Jair Bolsonaro na Casa.  

Na terça-feira (20), Marcelo Ramos voltou a afirmar que o fundão só foi aprovado porque contou com apoio da base aliada do governo e disse que o presidente arma um acórdão para dobrar o valor destinado às campanhas, de R$ 2 bilhões para R$ 4 bilhões.  

Em entrevista a uma rádio Itatiaia, o presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que vai vetar o fundão e sugeriu corrigir o valor pela inflação.

O chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, por sua vez, defendeu a volta do financiamento privado de campanha, extinto em 2015.

ACESSO AOS PEDIDOS DE IMPEACHMENT

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, pediu acesso nesta segunda-feira (19) aos mais de 120 pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.

O requerimento foi encaminhado ao Presidente da Casa, Arthur Lira. Na prática, Ramos não pode dar prosseguimento a nenhum dos pedidos, somente em caso de afastamento de Lira, seja por questões de viagens, trocas temporárias nos poderes ou situação semelhante.

De acordo com Ramos, que se declarou como oposição ao Planalto, o pedido de acesso aos documentos é para analisar a fundamentação jurídica, e que não tomaria uma decisão dessas de forma precipitada enquanto interino.

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