43% das empresas do setor alimentício no Rio de Janeiro operaram em prejuízo em março, segundo um levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. Quase metade desses estabelecimentos aponta a alta da inflação dos alimentos e bebidas como a causa.
O aumento nos preços também traz impacto para os consumidores. A atriz Isabelle Amancio destaca que se os valores dos bares e restaurantes subirem mais, ela vai precisar deixar de comer na rua.
Ao mesmo tempo, alguns comerciantes tentam aliviar o impacto para os consumidores. Pedro Suassane, sócio da Flow, rede de alimentação saudável em Copacabana, Zona Sul do Rio, explica que tenta não repassar a alta de preços para o cardápio, com receio de perder clientes.
Mas a previsão é de que os bares e restaurantes consigam diminuir os prejuízos nos próximos meses. Segundo a especialista em Negócios Gastronômicos Bianca Fraga, a tendência é que haja um crescimento no movimento de clientes a partir de maio.
Ainda de acordo com os dados da Abrasel, apenas 23% dos estabelecimentos alimentícios tiveram lucro no mês de março. Além da inflação, a queda nas vendas e a redução no número de clientes também foram levantadas como justificativas pelos proprietários.
O IBGE divulgou que o setor alimentício teve a maior alta no mês passado entre todos os nove grupos pesquisados em relação à inflação, principalmente nos preços de alimentos como a banana prata, a cebola e o tomate. Desde o início do ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou um crescimento de 1,42%.
