Cenas do “novo cangaço” também acontecem fora do Brasil: uma quadrilha explodiu uma agência bancária e atacou a sede da polícia de uma cidade no Paraguai, fronteira com a Argentina, no último sábado (27). As autoridades suspeitam que integrantes do PCC estejam envolvidos no ataque. A polícia brasileira ajuda na investigação.
Imagens de câmeras de segurança das ruas mostram como foram os ataques. Com fuzis, explosivos, encapuzados e usando coletes à prova de balas, os criminosos invadem a agência bancária. Uma primeira explosão acontece. Os assaltantes atiram no prédio para provocar pânico.
Em seguida ocorre uma explosão ainda mais forte. Vidros, móveis e pedaços dos cofres se espalham por todos os lados. Em meio à fumaça, dois bandidos entram para recolher o dinheiro, o equivalente a quase R$ 800 mil.
Eles deixaram para trás uma parte das cédulas após o acionamento de um dispositivo de segurança que as manchou de tinta. Um paraguaio se feriu com um tiro na perna. Existe a suspeita de que seja um dos envolvidos no crime. O prédio ficou todo destruído.
Outra parte da quadrilha, formada por cerca de 20 ladrões, atacou a sede da polícia da cidade. Somente três policiais trabalhavam no turno. Nenhum deles se feriu.
Os crimes aconteceram em Natalio, no Paraguai, cidade de 20 mil habitantes, perto da fronteira com a Argentina e a 170 quilômetros de Foz do Iguaçu, no Paraná.
A polícia paraguaia já está trocando informações com autoridades do Brasil e da Argentina para tentar identificar os criminosos. A forma de atuação é parecida com os ataques criminosos da modalidade conhecida como “novo cangaço”. A suspeita inicial é do envolvimento de brasileiros integrantes do PCC.
Esse foi o quarto ataque do tipo na região desde 2022.
