A Assembleia Legislativa do Rio dispensa o policial militar preso durante uma operação contra suspeitos de participação no assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, no Centro do Rio.
O soldado Vitor Hugo Henrichs Mello era lotado no gabinete do deputado Rosenverg Reis e foi preso em flagrante por porte ilegal de componentes de arma de fogo. A prisão foi convertida em preventiva durante audiência de custódia realizada na quarta-feira (10).
O militar tinha sido transferido para a Alerj em março de 2022, onde recebia uma gratificação de quase R$ 2.300, ((além do salário da PM.
Outros nove suspeitos foram alvo da operação realizada na terça-feira (9), entre eles outros três policiais e o contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho.
Em nota, Rosenverg Reis disse que desconhece as atividades de Vitor Hugo fora da Alerj e recrimina qualquer atividade ilícita. O deputado ainda alega que o policial é responsável por seus atos e responderá por qualquer ilícito que tenha cometido fora da Assembleia.
Outro suspeito preso por envolvimento no crime também tem ligações com a família Reis. As investigações revelaram que o PM Leandro Machado da Silva, que teria coordenado a logística da execução e alugado o carro usado para monitorar a vítima, atuou como segurança pessoal do deputado federal Gutemberg Reis, irmão de Rosenverg. Ele exerceu a função entre 2012 e 2021, quando foi preso no âmbito de outro inquérito.
Além de Vitor e Leandro, outros dois suspeitos tinham sido presos acusados de monitorar a rotina do advogado. Tanto Cézar Mondêgo de Souza quanto Eduardo Sobreira Moraes já tiveram cargos comissionados na Alerj.