Após mudança na regra de concessão do BUI trabalhadores criticam a medida

Sem o benefício do Bilhete Único Intermunicipal, moradores da Região Metropolitana, não poderão arcar com o custos para trabalhar na capital

Por Fernanda Caldas

Após mudança na regra de concessão do BUI trabalhadores criticam a medida
Após mudança na regra de concessão do BUI trabalhadores criticam a medida
Divulgação/Prefeitura de SP

Após decisão da Justiça do Rio que altera as regras para a concessão do Bilhete Único Intermunicipal, moradores de Maricá, na Região Metropolitana, afirmam que não poderão arcar com os novos custos para trabalhar na capital fluminense.  

Segundo relatos, sem o benefício, o valor das passagens vai triplicar e consumir grande parte do salário dos trabalhadores.  

Mariana Gonçalves trabalha em uma empresa de seguros na cidade do Rio de Janeiro. A profissional conta que o ônibus que ela pega para o Centro do Rio custa R$ 35. O valor passa para R$ 8,55 com o benefício do Bilhete Único. Agora, a moradora de Maricá estima que vai ter um gasto de R$ 1.400 por mês.  

Um ouvinte que prefere não se identificar disse que não sabe como as pessoas nessa situação vão continuar trabalhando.  

No início de julho, uma decisão judicial alterou o valor da renda mensal máxima para que a pessoa tenha direito ao Bilhete Único Intermunicipal. Antes, o cidadão que recebesse até R$ 7.500 poderia solicitar o benefício. Atualmente, ele só é concedido para quem ganha até R$ 3.205,20.  

A decisão considerou inconstitucional uma lei estadual de 2019 que havia ampliado o direito de ter acesso ao programa social para quem ganha até o teto do benefício do INSS.  

Os beneficiários do programa vão passar por um recadastramento gradual. Os usuários nascidos em janeiro, fevereiro e março tem até o dia 31 de agosto para atualizar a autodeclaração de rendimento salarial.

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