Após ter a prisão preventiva revogada pelo Tribunal de Justiça do Rio, no dia 18 de outubro, a delegada aposentada Adriana Belém colocou tornozeleira eletrônica.
Belém foi presa em maio deste ano, após ser um dos alvos de uma operação que mira o grupo responsável por um esquema de jogos de azar, comandado pelo contraventor Rogério de Andrade. Na ocasião, foram encontrados 1 milhão e 800 mil reais em espécie no apartamento dela. Como medidas cautelares, a delegada aposentada deve manter o endereço atualizado, não exercer funções públicas e não ter contato com os demais acusados e testemunhas do processo.
A Justiça, em setembro, havia mantido a prisão de Adriana por corrupção passiva, mesmo tendo substituído a prisão preventiva por medidas cautelares no processo de lavagem de dinheiro.
Mas, de acordo com o juiz Bruno Ruliere, da 1ª Vara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, por a delegada ter sido aposentada pela Polícia Civil no início de outubro, a situação "modificou o cenário" e a prisão "se tornou desnecessária" e o "tempo de custódia provisória atingiu os fins almejados", de modo que as "medidas cautelares são adequadas e suficientes".
Em nota, a Polícia Civil disse que a decisão não impede qualquer tipo de punição, como cassação da aposentadoria e demissão, caso a delegada seja condenada pela Justiça.