A Petrobras convoca para o dia 30 de novembro a Assembleia Geral Extraordinária que vai discutir as mudanças no estatuto social da companhia para adequá-lo às alterações na Lei das Estatais.
Na última semana, a petroleira chegou a perder mais de 6% do valor de mercado após o Conselho de Administração da companhia aprovar a apresentação da proposta de revisão do estatuto.
O receio do mercado financeiro era de que a mudança pudesse facilitar indicações políticas, através da eliminação de restrições.
Em nota, a estatal negou a redução de exigências: "Não há qualquer redução nas exigências em relação à Lei das Estatais, pois o estatuto social continua a fixar o cumprimento total da Lei das Estatais nas indicações."
Uma decisão recente do então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, suspendeu os efeitos do trecho da Lei das Estatais que vedava a indicação de conselheiros e diretores que tivessem exercido cargos públicos ou que tivessem atuado, nos três anos anteriores, em órgãos de decisão de partidos políticos e campanhas eleitorais.
A resposta imediata do mercado foi vista com maus olhos pela alta cúpula da companhia. Por sua vez, o presidente da empresa, Jean Paul Prates, disse que a estatal poderia ter "comunicado melhor" a proposta.