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Bairro do Caju é a área com maior propagação de dengue em 2023

É o que aponta um estudo feito pelo Laboratório de Inteligência Geográfica em Ambiente e Saúde da Universidade Veiga de Almeida

Por Ana Beatriz Tavares (sob supervisão)

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Bairro do Caju é a área com maior propagação de dengue em 2023
Divulgação

O bairro do Caju, na Zona Portuária do Rio, foi a área com a maior propagação de dengue em 2023 na cidade do Rio. É o que aponta um estudo feito pelo Laboratório de Inteligência Geográfica em Ambiente e Saúde da Universidade Veiga de Almeida.  

O estudo utilizou sensoriamento remoto e monitoramento temporal para identificar e classificar pontos estratégicos para a propagação do mosquito Aedes aegypti.  

A área total na região do Caju é de aproximadamente 630 mil metros quadrados, o equivalente a mais de três campos do Maracanã, e é a maior entre os 160 bairros do Rio.

Na sequência, os bairros com as maiores áreas potenciais de reprodução do mosquito foram Inhoaíba 441 mil m², Santa Cruz 332 mil m², Barra da Tijuca 302 mil m² e Campo Grande 261 mil m², todos na Zona Oeste.

O professor do Mestrado Profissional em Meio Ambiente da UVA e autor da pesquisa, Jefferson Santos, ressalta que o estudo é importante para guiar a gestão pública.

"A principal desse estudo é servir como uma ferramenta para a gestão municipal poder estar identificando os bairros, as áreas onde estão localizados e onde está acontecendo o maior crescimento desses macro criadores de vetores, no caso dos Aedes aegypti, e dessa maneira poder intervir de maneira localizada e eficiente"

O estudo foi feito a partir de imagens de satélite, que mapearam os locais que fornecem condições para a reprodução dos mosquitos, como ferros-velhos, borracharias, terrenos baldios com lixo e cemitérios. O pesquisador Jefferson Santos explica que, com os dados, os criadouros podem ser combatidos de maneira mais eficiente pelo poder público.

"você combatendo os macrocriadores você pode estar reduzindo de forma eficiente e menos custosa ao poder público a densidade de vetor naquelas regiões mapeadas, e dessa maneira você vai estar tendo uma ação de profilaxia para epidemia de dengue futuras."

Ainda segundo o pesquisador, a abordagem pela geração de imagens permite a identificação desses pontos de forma mais clara, permitindo a medição de do tamanho dos locais e a classificação de cada um deles, em relação ao nível de propagação da doença.

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