Um pedido de reanálise de casos arquivados durante a gestão dos delegados investigados no assassinato da vereadora Marielle Franco foi oficializado pela Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro.
O material foi entregue ao secretário de Segurança de Estado do Rio de Janeiro, Victor Santos, além de também ter sido enviado ao Ministério Público e à Polícia Civil.
A OAB quer que sejam informados quais foram os inquéritos policiais inconclusivos no período em que os delegados Rivaldo Barbosa e Giniton Lages estiveram no comando da Delegacia de Homicídios da Capital, além da época em que Barbosa comandava a Secretaria de Polícia Civil.
Durante as investigações da Polícia Federal sobre o caso da Marielle Franco, foi apontada uma suposta adoção de estratégias para dificultar a conclusão das diligências para identificar os mandantes do homicídio. Por isso, a OAB quer verificar se outro caso também foi impactado pelo mesmo esquema.
No dia 27 de março, a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a atuação dos três servidores investigados no caso, entre eles, Rivaldo Barbosa e Giniton Lages. Além disso, a corporação afirma que criou, no fim do ano passado, uma força-tarefa para analisar homicídios sem solução relacionados ao crime organizado. Houve, ainda de acordo com a PCERJ, uma reunião com o Ministério Público do Rio, na qual foram destacados homicídios que deveriam ser tratados com atenção especial.
Rivaldo Barbosa foi preso, no dia 24 de março, acusado de envolvimento no assassinato da parlamentar, assim como os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, apontados como mandantes do crime. Segundo as investigações, Barbosa protegia Chiquinho e Domingos Brazão. Já o Giniton Lages é monitorado por tornozeleira eletrônica por determinação do Supremo Tribunal Federal. Ele e o comissário Marco Antônio de Barros Pinto são investigados por obstrução das investigações.