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Caso Marielle: relatório da PF mostra que Brazão tinha influência na polícia

Deputado federal Chiquinho Brazão e o irmão dele, o conselheiro doTribunal de Contas do Estado, Domingos Brazão, foram presos acusados de serem os mandantes do crime

Por Gabriela Souza

Domingos Brazão
Domingos Brazão
Reprodução/TV Brasil

O relatório da Policia Federal sobre a morte da vereadora Marielle Franco indica que a família Brazão tinha influência dentro das polícias Civil e Militar do Rio. O deputado federal Chiquinho Brazão e o irmão dele, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Domingos Brazão, foram presos acusados de serem os mandantes do crime. 

Segundo o documento, o conselheiro Domingos Brazão fomentou a nomeação do delegado William Pena Júnior para o cargo de subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil. Segundo a PF, os dois mantinham uma relação próxima. O relatório mostrou ainda que William Pena foi sócio do policial militar Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, assessor pessoal de Brazão. Robson é apontado como o fornecedor da arma usada no assassinato de Marielle.

O cargo de Pena foi oficializado em 2023, logo após a prisão do ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Correa, o Suel, acusado de ajudar no desaparecimento de provas do caso Marielle.

Em um trecho do relatório, o inquérito revela ainda que o delegado teria sido segurança de Brazão, anos antes de passar no concurso da Polícia Civil, quando ainda era policial penal. E que a festa de formatura da turma de William Pena na Polícia Civil, em 2010, teria acontecido em uma propriedade da família Brazão.

A Band News FM tenta contato com defesa de William Pena.

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