Casos de Dengue têm aumento de 300% no Rio

De janeiro a outubro de 2022 foram notificados 10.471 casos e 14 óbitos pela doença

Por Gabriela Souza

Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde José Cruz/Agência Brasil
Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde
José Cruz/Agência Brasil

Os casos de Dengue no Rio tiveram um aumento de 300% de 2021 para 2022. De janeiro a outubro desse ano, foram notificados 10.471 casos e 14 mortes pela doença. No mesmo período no ano passado, foram 2.613 notificações e 4 mortes. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde. 

O secretário Alexandre Chieppe explica que atualmente, a maior circulação no estado é dos sorotipos 1 e 2. O mais predominante é o segundo, o DENV-2, que não circula no estado desde 2008. De acordo com Chieppe, esse é um dos motivos do aumento de casos registrado nesse ano.

O levantamento da Secretaria de Saúde aponta ainda que os casos de chikungunya também tiveram aumento de 24% no mesmo período. Segundo os registros no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, em 2022, o Rio teve 611 casos e nenhum óbito por chikungunya. No ano passado, também não houve mortes, mas o número de casos foi menor: 492.

Já os casos de zika apresentaram redução de 56,8% entre janeiro e outubro de 2021 e 2022.

A dengue é uma doença febril aguda transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, que também transmite a zika e a chikungunya. Para tentar conter o aumento dos casos, a Secretaria Estadual de Saúde criou um Plano de Contingência. 

Entre os principais objetivos do plano estão o monitoramento da circulação viral da dengue, da zika e da chikungunya em todas as regiões do estado, a identificação das áreas de maior risco, a promoção permanente de mobilização social, a qualificação da assistência para atendimento aos pacientes, a detecção precoce dos casos e a organização da rede assistencial para acompanhamento dos casos na fase crônica.

O programa estabelece que a Vigilância Estadual auxilie os 92 municípios do estado na elaboração dos planos, na investigação dos óbitos suspeitos, na avaliação e na qualificação das práticas assistenciais nas unidades de saúde, no apoio à implantação de salas de situação e centros de hidratação, entre outras atividades.

Para se proteger contra as doenças causadas pelo mosquito é preciso evitar os focos de larvas, que se desenvolvem em recipientes com água parada, como vasos de plantas, pneus, garrafas, piscinas sem uso e sem manutenção, caixas d'água destampadas e até tampas de garrafas.

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