Banhistas se surpreenderam com a cor roxa da água da praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, na manhã desta quarta-feira (6). O fenômeno foi observado na altura do posto 6.
Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (INEA), a coloração diferente é causada pela presença de macroalgas vermelhas, que ocorre em todo o litoral do estado do Rio. O aparecimento delas se dá de acordo com o movimento das marés, em conjunto com condições climáticas específicas. Ainda de acordo com o Inea, não há riscos para os banhistas.
Apesar da explicação do Instituto, a professora de natação, Bárbara Valente, que mora e dá aulas em Copacabana, diz que as algas também aparecem em dias em que há muito lixo na praia, mesmo que a maré não esteja alta.
“É muito comum aparecer. Não necessariamente está associada a chuva ou ao período de ressaca. As vezes, elas costumam aparecer, quando a gente nota ao entrar no mar, que tem bastante produto descartável, lixo acumulado do uso das praias. Na nossa experiência de morador e de quem usa a praia, parece que é fruto de uma poluição mesmo. Cada vez mais, quando ela aparece, aparece em uma quantidade maior. Essa alga forma um tapete, muda a coloração da água, que fica numa grande densidade, e fica impossível de acessar de forma confortável. E causa alergia no corpo, mau cheiro. Então as pessoas não acessam a praia quando ela está em grande quantidade na água”.
A professora também conta que deixou de dar aulas nesta quarta por conta do aparecimento das algas. O fenômeno também prejudicou a clientela do barraqueiro Wallace dos Santos.
"Afasta, a gente perde muito cliente por causa disso. Por causa do cheiro, pessoal tem nojo, é isso."
Apesar da situação, o Inea afirma que a praia está propria ao banho, segundo o último boletim de balneabilidade, divulgado na terça-feira (5).