A Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes, na Região Serrana do Rio, contratou operadores sem licitação e pagando o dobro do valor de durante os trabalhos após o temporal de fevereiro que deixou 240 mortos. A informação é de uma investigação da Polícia Civil. O prejuízo aos cofres públicos foi de mais de 500 mil reais. Há ainda a suspeita de que os investigados exigiam parte dos salários de alguns funcionários da companhia.
Durante a operação, nesta sexta-feira, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão contra o diretor presidente da CPTRANS, Jamil Sabrá Neto, e funcionários do alto escalão da empresa e de empresários. Ralph Costa Silva, gerente financeiro da empresa e Bernardo Sabrá também estariam envolvidos nas irregularidades.
De acordo com as investigações, havia um esquema de corrupção com dispensa irregular de licitação e desvio de recursos públicos. Os suspeitos favoreciam empresas prestadoras de serviço terceirizado. Ainda segundo a Polícia Civil, Jamil Sabrá Neto se aproveitou do estado de calamidade do município em fevereiro deste ano e fez a contratação, como explica o delegado responsável pelo caso, João Valentim.
Há ainda a imposição de medidas cautelares como o afastamento de Jamil Miguel Sabrá Neto da presidência da empresa. Somente na casa dele, foram encontrados 100 mil reais em espécie. A BandNews FM não conseguiu contato com a defesa do acusado.
