Defesa de madrasta acusada de envenenar enteados contesta resultado de laudo

Advogados de Cíntia Mariano classificam a acusação como "o maior erro judiciário do Rio de Janeiro"

Gabriela Souza

A defesa de Cíntia Mariano Dias Cabral, a madrasta acusada de envenenar os enteados num intervalo de dois meses, contesta o resultado do laudo do Instituto Médico Legal que indicou que foram encontrados quatro fragmentos que sugerem "a ingestão de chumbinho". Peritos afirmam que o enteado dela, Bruno Carvalho Cabral, de 16 anos, pode ter sido envenenado.

O advogado Carlos Augusto Santos classificou a acusação contra Cintia "é o maior erro Judiciário do Rio de Janeiro". E que a perita que analisou o material se baseou em sugestões. 

O estudante Bruno Cabral relatou que passou mal logo após ingerir "pedrinhas azuis" que estavam no feijão que foi servido pela madrasta durante um almoço. O caso aconteceu no dia 15 de maio, na casa em que a família morava, em Realengo, na Zona Oeste do Rio.

Após o resultado do laudo, a Polícia Civil disse que vai pedir à Justiça a conversão da prisão temporária de Cíntia Mariano Dias Cabral em preventiva.

A acusada também é suspeita de ser a responsável pela morte da irmã de Bruno. Na semana passada, a polícia fez a exumação do corpo de Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, para ver se encontra algum vestígio de veneno.

A jovem morreu em março após ficar 13 dias internada na UTI e ter uma parada cardíaca. Na época, chegaram a acreditar que o uso de algum suplemento poderia ter provocado a morte.

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