A taxa de desemprego no Brasil recuou e ficou em 7,7% no terceiro trimestre do ano, o menor nível desde 2015. A redução é de 0,4 ponto porcentual na comparação com os três meses anteriores. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada nesta terça-feira (31) pelo IBGE.  

Ao todo, cerca de 8,3 milhões de brasileiros estão desempregados no país, enquanto o número de ocupados bateu recorde e chegou a 99,8 milhões de pessoas, o equivalente a 57,1% da população em idade de trabalhar.

A coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, destaca que o aumento da força de trabalho com carteira assinada foi o principal responsável pelo recuo do desemprego.  

A categoria que apresentou o crescimento mais expressivo no número de trabalhadores foi a de empregados com carteira assinada no setor privado, que registrou alta de 1,6%, com 37,4 milhões de trabalhadores.

O único setor econômico com aumento significativo no período foi o de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que teve alta de 3,5%. As outras nove atividades pesquisadas ficaram estáveis na comparação com o trimestre encerrado em junho.

O estudante Ezequiel Santos trabalha na área de Engenharia da Computação, uma das que se aqueceram no período. Ele conta que procurava uma vaga desde o início do ano e só conseguiu se inserir no mercado em outubro.

Ainda segundo o IBGE, o número de trabalhadores informais no terceiro trimestre chegou a 39 milhões ou 39,1% da população em idade de trabalhar, o que representa um cenário de estabilidade em relação aos meses anteriores. 

A pesquisa ainda aponta que o rendimento médio real dos trabalhadores fechou o trimestre estimado em R$2.982, um crescimento de 1,7% em relação ao trimestre encerrado em junho e de 4,2% frente ao mesmo período do ano passado.