Direção de presídio é trocada após denúncia de regalias na cela de Cabral

Foram identificadas a instalação de isopor no teto, que pode funcionar como isolante térmico, e embalagens de restaurantes nas lixeiras

Redação Site

Defesa do ex-governador diz que o material está presente em todas as celas da ala Marcos Michael/Divulgação
Defesa do ex-governador diz que o material está presente em todas as celas da ala
Marcos Michael/Divulgação

A direção da Unidade Prisional da Polícia Militar sofre alteração depois que uma inspeção da Vara de Execuções Penais do Rio e do Conselho Nacional de Justiça identificou indícios de regalias a internos como o ex-governador Sergio Cabral. Também foi aberto um inquérito para apuração do caso. 

Os fiscais identificaram a instalação de isopor no teto da cela dele, que pode funcionar como isolante térmico, e embalagens de restaurantes nas lixeiras. O jurista Fábio Manoel explica que parentes podem levar alimentos em dias de visita, mas com ressalvas.

A defesa de Cabral diz que todas as celas da galeria onde o ex-governador está contam com o material que ameniza o calor nos dias quentes, e que não há proibição de receber comida dos parentes em dias de visita.

Em 2017, enquanto ainda estava em Bangu 8, na Zona Oeste do Rio, câmeras de vigilância da cadeia mostraram que Sérgio Cabral circulava livremente pela unidade, recebia encomendas, além de visitas fora de hora. No mesmo ano, no presídio de Benfica, na Zona Norte, uma sala foi montada para o político com TV de 65 polegadas, aparelhos com caixas de som e um equipamento para rodar filmes.

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