Dois suspeitos morreram durante uma operação dos grupos de elite das polícias Civil e Militar do Rio no Complexo de São Carlos e no Morro da Coroa, na Região Central do Rio, nesta terça-feira (3).
O objetivo era prender criminosos que fugiram da Maré, na Zona Norte, que também recebeu ações após a divulgação da informação que o local tinha um centro de treinamento de criminosos.
Na ação desta terça-feira (3), foram apreendidas pistolas e uma metralhadora ponto 30, arma usada em zonas de guerra, com alcance de 3 mil metros e capaz de chegar a 200 tiros por minuto.
A operação na Região Central foi realizada depois que os investigadores descobriram que bandidos começaram a se movimentar na noite de segunda-feira, saindo da Vila do João, na Maré, em direção ao São Carlos e à Mineira, no Catumbi.
Segundo moradores do São Carlos, os criminosos já sabiam que a polícia iria agir na comunidade.
Um dia antes da operação, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, assinou uma portaria que autoriza o emprego de 300 agentes federais a Capital Fluminense.
O governador do Rio, Cláudio Castro, ainda solicitou o deslocamento de 270 policiais rodoviários federais. O estado tem R$ 247 milhões disponíveis em recursos da União para o combate à violência, entre os quais R$ 95 milhões serão destinados à construção de dois presídios de segurança máxima.
A Polícia Civil mapeou quem são os criminosos que controlam a área onde foi criado um centro de treinamento do crime na Maré. No local, traficantes receberam instruções de táticas de guerrilha. Várias facções estão na região, que tem mais de 140 mil moradores, mas o Terceiro Comando Puro domina a maior parte da área, inclusive a em que está o centro de treinamento.