A Polícia Civil cumpriu 35 mandados de busca e apreensão contra integrantes de uma empresa acusada de furtar cinco toneladas de cabos de cobre em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. A operação aconteceu nesta sexta-feira (2).
As investigações começaram a partir da apreensão do material, em janeiro deste ano. Segundo os investigadores, os donos da empresa, Wellington Alves da Silva e Milton Peixoto da Costa, apresentaram uma licença expedida pela Secretaria de Meio Ambiente do município que autorizava o serviço, mas os agentes descobriram que o documento foi concedido sem qualquer procedimento licitatório ou administrativo. Além disso, a extração dos cabos acontecia sem qualquer perícia técnica e sem a autorização da concessionária de telefonia Oi, sendo armazenados na sede da empresa e na casa dos acusados.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, apontou que a empresa teve uma movimentação financeira de mais de 28 milhões de reais entre janeiro de 2022 e novembro de 2023, valor considerado incompatível com a capacidade financeira declarada.
Os donos da empresa revendiam os cabos e rapidamente transferiam o dinheiro de suas contas bancárias para a de familiares, para a de empresas de fachada, ou sacavam o valor de forma fracionada, o que sugere o crime de lavagem de dinheiro.
Em nota, a Prefeitura de Belford Roxo diz que cancelou a licença operacional da empresa em março. Além disso, afirma que as licenças ambientais são concedidas mediante a análise criteriosa dos documentos apresentados, mas que não tem nenhum tipo de gerência sobre qualquer empresa, que deve ser punida caso não cumpra as normas estabelecidas.